segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quadrilha que furtava bancos agia em seis estados

JornaldaCidade.Net

Aracaju (13 jul) - O Complexo de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil (Cope) e a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), com o apoio do Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar desarticularam uma quadrilha especializada em furtos a agências bancárias em pelo menos seis estados do país. As investigações na Operação Umbrella foram deflagradas ainda em dezembro do ano passado, quando a mesma quadrilha arrombou o Banco do Brasil de Propriá.

A operação policial foi denominada Umbrella [expressão em inglês que significa guarda-chuva] -, porque a quadrilha utilizava sombreiros para isolar os sensores das agências bancárias, promovendo uma ação tranqüila dentro do banco, já que os alarmes não eram acionados. Segundo a polícia, a quadrilha havia alugado uma residência no bairro Coroa do Meio, onde moravam há alguns meses.

Foram presos cinco homens e duas mulheres. Um adolescente de 17 anos, que agia com o bando, também foi apreendido. As prisões aconteceram na madrugada do último sábado, 11. Boa parte dos integrantes da quadrilha é natural do Rio Grande do Sul, apenas um sergipano completava o bando e era responsável pela logística do grupo. Eles foram presos no momento em que retornavam da cidade baiana de Paripiranga, onde haviam furtado a agência do Banco do Brasil.

A polícia apreendeu três revólveres calibre 38, sendo que um é da quadrilha e outros levados da agência de Riachão do Dantas, depois deles terem aberto o cofre errado; também foram recuperados dois aparelhos HTs, três notebooks, munição, chips de celulares, seis celulares, pequena quantidade de maconha, pés de cabra, cinco cilindros, ferramentas, sombreiros, um Ecosport preto, um Golf prata e um Monza azul, este último foi utilizado para a vinda deles do Paraná para Sergipe.

Esquema

De acordo com o delegado Cristiano Barreto, coordenador do Subsistema de Inteligência em Segurança Pública (Sisp), as duas mulheres faziam o levantamento da área, verificam a movimentação e definiam, posteriormente, com o restante da quadrilha o planejamento para a execução do crime. “Eles começavam os trabalhos na quinta-feira, na sexta à noite eles entravam na agência para começar a arrombar os cofres. Carlos fazia todo o isolamento do sistema de alarme, utilizando os guarda-chuvas, no sábado entravam novamente na Instituição bancárias onde o furto era consumado”, explicou Cristiano.

Segundo o superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista Santos Júnior, parte do material apreendido foi encontrada na Coroa do Meio, outra foi abandonada em Riachão do Dantas, e o restante foi dentro do veículo Ecosport, onde foram presos. Da agência de Propriá, levaram 850 mil, e 180n de Ribeirópolis. Eles chegaram a furtar cilindros de um estabelecimento comercial em Aracaju para utilizar nas ações criminosas.

A prisão aconteceu na BR-101. O grupo estava em um veículo Ford Eco Sport. De acordo com a polícia, a organização criminosa agia nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Alagoas, Bahia e Sergipe. Agências bancárias dos municípios de Propriá, Ribeirópolis, Moita Bonita e Riachão do Dantas foram alvo da quadrilha em Sergipe. Com o bando, foram apreendidos um cilindro de gás com capacidade para sete quilos, um bico para maçarico e uma válvula de GLP, que acoplados podem cortar ferro e aço. Esses instrumentos eram usados para facilitar o arrombamento dos cofres das unidades financeiras.

De acordo com o delegado Thiago Leandro, coordenador do Complexo de Operações Policiais Especiais, os integrantes do grupo criminoso faziam um detalhado levantamento das características dos prédios onde funcionavam as agências bancárias, a fim de definir um planejamento para adentrar nas instituições financeiras, arrombar os cofres e consumar os furtos de quantias altas em dinheiro, sempre isolando os sensores que acionavam os alarmes com grandes sombreiros. Eles geralmente escolhiam agências bancárias que, de acordo com as informações levantadas pelos criminosos, oferecessem mais facilidade para a execução dos arrombamentos e tivessem mais dinheiro guardado.


Fonte: SSP

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