quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sergipe não consegue atingir meta do Ideb

Estado não atingiu meta em séries finais do ensino fundamental
Foto ilustrativa
Sergipe foi um dos sete estados que não atingiu a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para 2011 em relação aos anos finais do ensino fundamental. Dados divulgados pelo Ministério da Educação nesta terça-feira, 14. mostram que as notas do Espírito Santo, de Sergipe, Rondônia, Roraima, do Pará, Amapá e do Rio Grande do Sul avançaram muito pouco.
Os números também mostram que todos os estados do país alcançaram as metas do Ideb para 2011 em relação aos anos iniciais do ensino fundamental, mas que os índices do Nordeste continuam sendo os piores do país.

Já para o Ensino Médio, Sergipe repetiu a média de 2009 (3,2), sendo a meta de 2011 3,6. Este índice confirma a realidade nacional em que o Ideb do ensino médio subiu apenas 0,1 ponto, passando de 3,6 para 3,7. A meta nacional esperada para o período foi atingida, mas em nove estados o índice piorou em relação à edição anterior.
SEED

O secretário de Estado de Educação, Belivaldo Chagas, fez questão de reforçar que o estado atingiu a meta quando se trata das séries iniciais do ensino fundamental ( 1º ao 5 º ano) e explicou que nos demais continuou seguindo a meta do Nordeste. “As séries iniciais trazem alguns programas de leitura, português e matemática que estão dando resultado. Mas sabemos que os demais números são resultados de uma série de fatores, a exemplo do alto índice de reprovação e evasão escolar”,  diz.

Ele completa dizendo que o grande número de professores contratados e o longo período sem um novo concurso para a área foram cruciais para que os números não tivessem aumento. “No segundo semestre de 2010 e no primeiro semestre de 2011, tivemos um problema grande em contratação de professor e só conseguimos atender 90% da rede no segundo semestre de 2011, isso reflete no ensino e consequentemente nos números”, conta.

Belivaldo Chagas defende a ideia de que não se pode passar mais de quatro anos sem concurso para a Educação. Ele explica que muitos são aprovados em outros concursos, saindo da profissão, ou se aposentam, gerando grande desfalque nas salas de aula. “Já chegamos a ter uma média de 100 aposentadorias num mês. E professores concursados, com três anos de estágio probatório criam um vínculo com a escola. Fizemos o concurso e estamos convocando. A expectativa é que estes números melhorem”, alega ele, acrescentando que o Estado passou nove anos sem concurso para a área.

Números
Belivaldo Chagas defende concurso de quatro em quatro anos para Educação
A Secretaria de Estado de Educação (SEED) acaba nesta quarta-feira, 15, um levantamento com o índice de cada escola do estado. “Estamos olhando os números de cada escola. Temos escolas que tinham bons índices e diminuíram e outras que cresceram. Vamos analisar ponto a ponto o que aconteceu com cada uma e continuar trabalhando para melhorar o ensino”, diz.

Ele cita alguns exemplos positivos, como a Escola Eduardo Silveira (Itabaiana), que em 2009 pontuou em (4,7) e, em 2011, (5,6); a Escola Silvio Romero (Lagarto), que em 2009 obteve (4,2) e, em 2011, (5,2) e do Colégio Coelho Neto, que teve (3,3) em 2009 e, em 2011, (4,9).
Já a Escola Estadual Sebastião da Fonseca (Poço Verde) teve (4,5) em 2009 e diminuiu para (3,4), mas o secretário explica “esta escola ficou em reforma, tivemos dificuldade em locar outro lugar para implementar uma unidade provisória e em função disso as médias diminuíram. Já a escola Maria Augusta Carvalho Ribeiro (Lagarto) que caiu de (4,3) para (2,5), mas iremos procurar saber o que ocorreu”, completa.

Por Raquel Almeida

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